A retenção de profissionais altamente qualificados é um assunto cada vez mais recorrente e de alta relevância no mundo corporativo. A competitividade e a escassez de especialistas têm sido um impulso para empresas de diversos segmentos manterem seus colaboradores engajados e motivados.
Principalmente no mercado financeiro, essa preocupação vem se tornando realidade a cada dia que passa, uma vez que os profissionais dessa área são altamente capacitados e requisitados pelas principais empresas do setor. Por esse motivo, empresas especializadas em recrutamento e seleção para o mercado financeiro têm se destacado frente a outros segmentos ao oferecer soluções para a retenção desses talentos.
Gerir pessoas significa também gerir seus medos:
No mundo corporativo, o processo seletivo é fundamental para ingressar em qualquer empresa, especialmente no mercado financeiro. Nesse setor, as entrevistas são muito exigentes e o conhecimento técnico é altamente valorizado. Os profissionais que são selecionados para ingressar nessas empresas geralmente se dedicam intensamente à sua posição e sentem um forte apego ao cargo conquistado, o que gera um receio de perder o emprego.
No entanto, essa estratégia de gestão baseada no medo pode obter resultados a curto prazo, mas a longo prazo, o impacto mental e físico pode ser bastante prejudicial. Por isso, é importante adotar uma abordagem de gerenciamento pessoal focada em fortalecer as qualidades e relacionamentos e apoiar o colaborador diante das suas dificuldades, por meio de um acompanhamento contínuo.
Além disso, esse método de gerenciamento pessoal pode melhorar a qualidade de vida da pessoa, assim como as suas entregas. O mercado financeiro é um setor intenso, com assuntos complexos e voláteis, além de um clima de pressão constante. Essa dinâmica de trabalho pode ser exaustiva e pouco propícia para o desenvolvimento pessoal.
Plano de desenvolvimento individual:
O mercado financeiro é conhecido por oferecer salários e bônus cobiçados, mas a competição por performance e resultados quantitativos pode ser desgastante para os funcionários. É importante questionar até que ponto essa incessante busca por big numbers afeta o desenvolvimento qualitativo dos profissionais – como o autoconhecimento e o crescimento pessoal.
Uma abordagem que a gestão de pessoas tem trazido para o ambiente corporativo é a conexão direta entre o bônus recebido pelo funcionário e seu Plano de Desenvolvimento Individual (PDI). O PDI é uma ferramenta muito útil e frequentemente aplicada pela gestão de pessoas com finalidade de mapear as competências profissionais e pessoais do indivíduo, estabelecendo objetivos, estratégias e prazos para desenvolvê-las.
Sendo assim, o desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores torna-se um passo primordial para o sucesso na vida corporativa. O PDI oferece aos funcionários a oportunidade de aprimorar suas habilidades profissionais e pessoais, como autoconhecimento e crescimento pessoal, além de alcançar o sucesso na carreira. Ao adotar essa linha de abordagem, as empresas podem garantir que seus colaboradores se desenvolvam de forma saudável e alcancem o sucesso profissional de maneira equilibrada.
Hierarquia x Liderança:
A organização hierárquica de uma companhia é importante, por mais que hoje existam diversas maneiras de tratá-la. Cada membro precisa estar ciente das suas responsabilidades, relações e os níveis de autoridade dentro do fluxo de processos.
Contudo, o importante é que os gestores saibam usar essa autoridade de forma leve, não impositiva e ter em mente a consideração dos pontos de vista de toda a equipe.
Apesar disso, a importância desse tópico no mercado financeiro é ainda maior, devido ao fato de que diversos empresários do ramo ainda exploram a superioridade hierárquica como forma de impor tarefas ou explicitar dominância. Contudo, no geral, existe um aspecto positivo em quais valores estão baseadas as hierarquias das empresas financeiras hoje – meritocracia e excelência. A realidade desse mercado implica muito na situação em que ou você ascende de posição ou acaba saindo da empresa. Ou seja, não há um período longevo de permanência no mesmo cargo. Sendo assim, os colaboradores buscam de diversas formas o apoio de superiores para aconselhamento de como ascender e como ser mais produtivo. Por fim, se a pessoa realmente entrega suas tarefas com excelência e no prazo, já é um aspecto relevante para subir na hierarquia, respeitando os valores da meritocracia e excelência.
E é exatamente nessa questão que a gestão de pessoas incide. Nesse sentido, a partir de uma hierarquia consolidada, respeitada e pautada nesses 2 valores, a solidez da responsabilidade hierárquica como forma de desenvolvimento de relacionamentos e características se torna algo muito eficiente.
